terça-feira, 20 de julho de 2010

Criança índigo




Este é um tema para muitas pessoas tabu, ou seja, nem sequer querem falar no assunto porque para elas é um pleno absurdo, mas estão enganadas. Compreendo que não entendam nem se interessem por essa realidade que cada vez mais atinge as nossas crianças, eu própria confesso que até à algum tempo atrás, nem sabia o que realmente significa ter uma criança indigna. Mas como tudo na vida só compreendemos quando passa por nós ou por alguém muito próximo. Não sei bem porque esta experiencia aconteceu comigo e qual a razão, sei apenas que me fez compreender melhor as atitudes das crianças em que por vezes ralhamos ou gritamos sem sabermos ao certo o que vai na cabecita deles para fazerem ou dizerem o que lhes vai no coração, por exemplo:


A avó está no céu a olhar para mim”; “ Eu ainda não morri não tive um acidente”; “Eu falo com um --- (aqui aplica o nome dele, por razões óbvias não vou divulgar) mais velho que eu”, entre outras. Esta história começou quando levei o menino à escola, claro sempre a conversar e garanto-vos por vezes conversas complicadas de entender ao qual sempre identifiquei-as por “imaginação muito fértil”, e uma senhora se dirigiu a mim, para novamente dizer que tenho um menino “muito especial”. No meio de muitos xis e abraços lá o deixei e dirigi-me para a rua quando essa senhora com um olhar receoso e até preocupado por saber que algumas pessoas nem entendem, me perguntou se sabia o que são crianças índigo? Tentei adquirir livros na nossa biblioteca Municipal e com muito espanto meu e decepção, nem um livro sequer têm dessa área. Como sou uma pessoa muito curiosa e que gosto de ler sobre as mais diversas áreas, pesquisei na net para perceber o que realmente consistia.
Entre outros sites encontrei este onde compreendi melhor sobre este tema mas principalmente me despertou esta carta que vou publicar aqui. http://www.geocities.com/elclubdelosninosindigo/Portugues.html .




Carta de uma criança Índigo a um professor


Olá e obrigado por ler a minha carta.

Eu sou aquela criança que normalmente não pára quieta na carteira, e a quem está sempre a dizer para se calar. É que às vezes eu entendo as coisas antes do Senhor acabar de explicar a matéria e se tem de repetir, aborreço-me. Às vezes posso ser muito mal educado ou explosivo para chamar a atenção. Gosto de falar de temas que o senhor "acredita" não serem para a minha idade. Está sempre a dizer aos meus pais que não consigo aprender, no entanto se alguma coisa me interessa aprendo facilmente, mas quando já tenho conhecimentos suficientes ponho de lado porque me aborreço.
Não contesto a autoridade mas o entendimento e as explicações. Aprendo por imitação, o seu exemplo para mim é muito importante. Segundo o senhor estou sempre a transgredir as normas e a criar outras. Sou esse génio em "potência" que se se concentra-se em algo seria melhor...

Os meus pais levaram-me ao médico e dizem que tenho ADHD, uma coisa chamada Deficiência de Atenção com Hiperactividade, e isso quer dizer que não paro quieto, não posso prestar atenção durante muito tempo, distraio-me facilmente e além disso sou hiperactivo.
O médico queria que eu tomasse Ritalin ( a minha mãe recusou dizendo que as anfetaminas criam toxicodependentes), então, ela investigou e agora faço coisas que direccionam a minha energia ( desporto, artes marciais, Tai-chi, Yoga ) e evita dar-me alimentos com açúcar ou glucose e sinto-me mais calmo.

Não gosto que me tratem como criança, talvez saiba menos de certas coisas, mas isso não significa que não saiba, estou no meu processo.
Dê-me mais tempo para assimilar as coisas, pois aprendo de maneira diferente.
Se eu não aprendo de uma forma tradicional... porque usa sempre a mesma maneira? Quem sabe se fosse um método mais prático? Estou sempre a perguntar... porquê? Isso não quer dizer que o estou a pôr à prova, tenho somente curiosidade.
Se não souber a resposta diga-me. Não seja evasivo, guie-me para eu encontrar a resposta.
Gostaria que me incluísse quando tomasse decisões que me afectam, não sou simplesmente mais um aluno.
Gostaria que reconhece-se que sou diferente e não que me classificasse como diferente. Não sou nem mais nem menos que o senhor.
Se me explicasse para que serve o que estudamos e que para conseguir certas coisas preciso de disciplina, reagiria de maneira diferente.
Quando não me conseguir concentrar faça alguma actividade para me distrair: um jogo, música, dança ... Mas não grite comigo. Sei que muitas vezes se desespera na sala de aula pois nenhum de nós lhe prestamos atenção. Já se preocupou em saber o que realmente nos interessa?

Despeço-me com Amor

José Manuel
( este texto foi escrito por José Manuel Piedrafita Moreno, Educador e Índigo Adulto. É livre de usar e divulgá-lo desde que não altere integral ou parcialmente, incluindo os créditos).
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É pena que se preocupem por vezes, em descriminar uma criança indigo com o pretexto da mal educação em casa, quando na realidade eles só pedem um pouco de compreensão. A essa senhora que não divulgo o nome, o meu muito obrigado por demonstrar a sua preocupação e cultura nesta área tão realista. Mais uma vez obrigado.

1 comentário:

  1. Olá Amiga
    Se a vida te proporcionou essa experiência, foi porque existe em ti sensibilidade e amor suficiente para lidares e aprenderes com ela. Pensa que não é só o teu menino que é especial és tu também, e a prova está que geraste alguém como ele.
    Um Beijo e tudo de bom
    Sílvia

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